Post Mortem

Todos vamos morrer em breve, daqui a uns 50 anos, acredito. Logo vem à tona o reumatismo, memória falha, problemas de relacionamento com as gerações "do momento", enfim, uma total exclusão social que desintegra a vida naturalmente. O corpo fica, o espírito... Bem o intuito do post não é discutir isso. O cadáver é o que interessa.
Família bem arrumada, um velório perdurando noite, emocionando os mais próximos no sentido de "hey, eu posso ser o próximo a perder a chance de viver e gozar de um bom vinho, prosas, excessos e passeios". Odeio velórios. Quando morrer será fim de papo, quero queimar o mais rápido possível.
Alguns preferem cemitérios. Acho nobre e respeitoso, pois eu gosto muito de passear pelas vielas fúnebres e contemplar anjos, querubins, deuses em concreto, gesso, bronze. Arte after all!
O que não tolero é propaganda de cemitério. Para que vão anunciar na tv que é um lugar tranquilo, pacífico... Então o morto vai se levantar para deitar na grama e pegar um bronzeado, só pode! Ridículo. Além do mais, quem tira o final de semana para passear ao lado de um monte de gente que já se foi? (além de mim e mais alguns)
Não vou culpar os religiosos, mas às vezes acho que levam esse papo de morte a sério demais. Para que tanta cerimônia? O cara, aposto, já está olhando e dando risada, pulinhos de alegria por ter se livrado dessa joça que depois vai virar cinza.
Acontece.
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Beijos!

R. Char assumindo o blog temporariamente. Saudades da Tomoyo! Sua corna mansa, vem aqui postar.